“A floresta amazônica ao inverso”.
Assim é chamado o cerrado brasileiro pelo jornal francês Le Monde, que inicia o seu artigo informando que o cerrado perdeu a metade da sua cobertura vegetal nos últimos 50 anos, o que representa cerca de um milhão de quilômetros quadrados.
O jornal detalha o plano do governo brasileiro, anunciado no dia 15 de setembro, para reduzir em 40% a destruição do cerrado, até 2020. A reportagem traz dados do Instituto Brasileiro de Pesquisa Agrícola, que indicam as duas principais ameaças ao cerrado brasileiro: a agricultura e a urbanização.
Lembrando que o avanço da população em direção ao centro do país começou justamente com a construção de Brasília, há 50 anos, o jornal chama a região centro-oeste de "celeiro" do Brasil. É lá que são produzidos 70% da carne brasileira, 59% da soja e 48% do café. Uma produção que aumentou nos últimos anos por causa do não-cumprimento da lei que obriga os fazendeiros a preservar a vegetação original em 20% das propriedades.
Na Amazônia, por exemplo, onde o desmatamento caiu nos últimos anos, quem infringe a lei não tem mais direito de pedir créditos públicos.
Fonte: http://www.portugues.rfi.fr
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