quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
A Universidade Estadual do Maranhão(Ciências Bilogicas e Geografia), o Instituto Chico Mendes para a Biodiversidade e AMA Carolina, promovem:
II ENCONTRO DOS MONITORES AMBIENTAIS DA CHAPADA DAS MESAS
I SEMINÁRIO DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE NO MARANHÃO: um olhar sobre a chapada das mesas
Data: 17 a 19/12/09
Local: Camara Municipal de Carolina
Prefeitura promove 4ª Conferência das Cidades do Município de São Luís
A Prefeitura e o Conselho da Cidade (Concid) realizam, a partir da próxima quinta-feira (10) até o dia 12 de dezembro, na Faculdade Atenas Maranhense (Fama), a 4ª Conferência das Cidades do município de São Luís. O evento atenderá à resolução normativa número 10 (de 30 de junho de 2009) do conselho, órgão ligado ao Ministério das Cidades.
O evento tem como tema “Avanços, Dificuldades e Desafios na Implementação da Política de Desenvolvimento Urbano” e o lema é “Cidades para Todos e Todas com Gestão Democrática, Participativa e Controle Social”.
O objetivo do evento é avançar na construção da Política Municipal de Desenvolvimento Urbano e indicar prioridades de atuação das secretarias do município, além de fazer um balanço dos avanços, dificuldades e desafios na implementação das políticas municipais do setor.
Eixos temáticos - A discussão estará focada em três eixos temáticos. O primeiro é estruturação dos instrumentos contidos no Plano Diretor Municipal e Leis Complementares, a fim de garantir a efetivação da função social da prioridade do solo urbano e rural.
No segundo momento, a frente de discussões será a integração das Políticas Públicas Municipais (fundiária, mobilidade e acessibilidade urbana, habitação e saneamento). E o terceiro será a relação entre os programas governamentais, como PAC e “Minha Casa, Minha Vida” e a Política de Desenvolvimento Urbano.
A Comissão Preparatória é paritária, formada por representantes dos poderes Executivo e Legislativo e também da sociedade civil organizada. Portanto, o evento vai ser uma oportunidade de diálogo, de interface entre as entidades e o poder público, por isso, é fundamental a participação dos cidadãos, fazendo com que as suas sugestões cheguem até o governo federal, passando por municípios e pelo Estado.
Fonte: http://www.saoluis.ma.gov.br
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Em Pastos Bons, a Ecobio foi a responsável pela solicitação junto ao IBAMA/MA e pela mobilização da comunidade pastobonense para o Treinamento de AAV, mas para que os trabalhos na região sejam possíveis a entidade conta com o apoio de alguns parceiros, que ajudam com indicação de interessados em cuidar do meio ambiente, na divulgação, mobilizaçao, e outras providências.
A divulgação do que é o Programa de AAV, foi feita por cartazes, convites, carro de som, rádio local, toda informação a cerca do AAV é necessária, pois a comunidade precisa ser informada da importancia da atuação do Agente ambiental
Nessa primeira etapa do treinamento, as palestras iniciaram com noções básicas sobre a competência do IBAMA, orgão ligado ao Governo Federal, as fiscalizações e as ações realizadas pelas equipes do IBAMA e do apoio da Polícia Federal, polícias militar e civil, e outros que se fazem necessários no momento de combate ao crime ambiental. Em seguida continua com explicações sobre o que é, qual a importancia e atuação do agente ambiental voluntário e, o apoio que recebe do IBAMA., Por último o grupo recebe noções de ecologia e são orientados a formar grupos de trabalho, cujo a atividade inicial é planejar e executar alguma ação de preservação ambiental. Após 1 ou 2 meses acontecerá a segunda etapa, então, o IBAMA saberá através de relatório e apresentação dos grupos quais as atividades foram realizadas em prol do meio ambiente.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
O convite para o treinamento foi de responsabilidade da Ecobio, que em pesquisas pelas áreas do Cerrado maranhense detectou a necessidade de sensibilizar as comunidades que utilizam o fogo no cultivo de lavouras a tomar cuidados essenciais para proteção do meio ambiente e do próprio indivíduo que pratica a queima .
Também tiveram contato com os equipamento utilizados pelo IBAMA no treinamento do PREVFOGO.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Fonte: portaldomeioambiente.com.br
terça-feira, 10 de novembro de 2009
ACONTECE em Fortaleza - Ceará
PROECO - feira de tecnologia e produção limpa - 09 a 13/11/09 - Centro de Convenções do CearáVem expor, estimular e disseminar trabalhos, produtos, serviços e tecnologias, sob a ótica da responsabilidade social, ambiental e econômica que tenham foco na produção mais limpa com redução, reutilização e reciclagem da matéria prima.
Encontro Intercontinental sobre a Natureza - 09 a 15/11 - Centro de Convenções do Ceará
Interno:
10 a 13/11/09 – (terça a sexta feira) – Centro de Convenções do Ceará
das 8 às 13h – Cursos
14 às 20h – Conferência, Mesa Redonda, Apresentação de Casos, Oficina de Educação Ambiental, Tribuna Livre da Natureza, Fórum de Lideres, Livraria Ecológica, EcoArte Cultura e Feira.
Externo:
14 e 15 – (sábado e domingo) das 7 às 17h - Ecoturismo e Esporte Natureza
fonte: http://edermileno.ggf.br
sábado, 7 de novembro de 2009
Por Rachel La Rocca Santos
Uma comunidade sustentável é aquela onde a qualidade de vida da população é priorizada em relação ao crescimento econômico ou o consumo imediato. Assim, essa comunidade garante a disponibilidade dos recursos naturais, já que vive em harmonia com seu meio ambiente. Entretanto, não existe uma comunidade sustentável, mas existem os caminhos que os municípios devem seguir para aproximarem-se dela.
Esse caminhos encontram-se em um documento assinado no Rio de Janeiro por 170 países, denominado Agenda 21. Este documento discute sobre desenvolvimento sustentável, os processos e ferramentas com os quais ele pode ser alcançado.
Como muitos dos problemas e soluções tratados na Agenda 21 são relacionados com as atividades locais de cada município, a participação dos governos locais é muito importante. Então, criou-se Agenda 21 local, para resolver os problemas locais. Pequenas ações realizadas localmente, quando somadas, têm impactos globais em larga escala. Estes planos de ação são mais concretos que os realizados globalmente pelas nações. São planos que visam a melhora das condições de vida das pessoas através da melhora das condições de transporte, por exemplo, ou então da implantação de programas de reciclagem de lixo. Os pontos a serem reestruturados através da agenda 21 municipal dependem das necessidades e problemas de cada municipio.
O texto contido no site http://www.mma.gov.br/port/SE/agen21/21_local.html indica a metodologia que vem sendo empregada para a implantação da agenda 21 no que se refere ao governo local. Assim, cada municipio poderá adaptá-la, de modo a desenvolver seu próprio sistema de trabalho. Cada município, em conjunto com o poder público, deve identificar suas dificuldades, estabelecer prioridades, e usar seus recursos disponíveis para solucioná-los, aproximando-se de uma comunidade sustentável.
Para que a agenda 21 local seja bem sucedida, esta deverá mobilizar apoio público e vontade política para realização dos programas de gerenciamente que levem o futuro em consideração.
O site www.jairgomes.eng.br/cap28.htm apresenta o capítulo 28 da agenda 21, que trata sobre as iniciativas das autoridades locais em apoio à agenda 21. A seguir serão analisados trechos de ambos os sites.
"A Agenda 21 Local serve, portanto, para a implementação do desenvolvimento sustentável nas cidades e comunidades, visando alcançar os objetivos propostos pela Agenda 21 Global e Nacional. Serve para tornar as cidades mais humanas e para garantir um futuro melhor para as próximas gerações."
A solução de problemas locais propostos pela agenda 21 torna a qualidade de vida em cada município melhor, além de contribuir para a implementação do desenvolvimento sustentável em âmbito global. Como os problemas ambientais são muito específicos para cada região, é impossível que estes sejam resolvidos por caminhos genéricos. Cada município deve criar seu próprio caminho segundo sua necessidades para a busca do desenvolvimento sustentável.
"A Agenda 21 Local é um processo de desenvolvimento de políticas para o desenvolvimento sustentável e de construção de parcerias entre autoridades locais e outros setores para implementá-las, sendo parte crucial do movimento em direção à sustentabilidade. Assim, pode ajudar governos locais e comunidades a desenvolverem meios apropriados para se encaminharem para o futuro desejado. Isto inclui a reconciliação entre as pressões aparentemente conflitantes do desenvolvimento econômico, proteção ambiental e justiça social.
É um processo contínuo e não um único acontecimento, documento ou atividade. Não existe uma "lista" de coisas a serem feitas, mas uma metodologia que envolve uma série de atividades, ferramentas e abordagens que podem ser escolhidas pelas autoridades locais e seus parceiros de acordo com as circunstâncias e prioridades locais. Grande parte do que é proposto é o que os bons Governos Locais já vêm fazendo há algum tempo. No processo de desenvolvimento de uma Agenda 21 Local, a comunidade aprende sobre suas deficiências e identifica inovações, forças e recursos próprios ao fazer as escolhas que a levarão a se tornar uma comunidade sustentável. Uma Agenda 21 Local bem sucedida mobilizará consciências, apoio público e vontade política para fazer estas escolhas."
Para a implementação da agenda 21 local, é imperativo uma associação entre as autoridades locais, empresas privadas, organizações sociais e população.
As propostas da agenda 21 local, ou seja, a implantação do desenvolvimento sustentável, apresentam grande dificuldade de serem atingidas, pois propõe uma priorização da qualidade de vida e proteção ambiental em relação ao desenvolvimento econômico. Essas idéias são dificilmente compatíveis com o sistema capitalista. É importante, então o apoio de vários segmentos sociais para sua concretização.
" Critérios para implementação do processo:
.uso sustentável dos recursos
.promoção do desenvolvimento econômico sustentável
.melhoria das condições de saúde da comunidade
.melhoria da qualidade de vida
.melhorar o acesso a serviços adequados, sustento e lazer
.prover emprego
.garantir segurança
.desenvolvimento dos serviços comunitários
.preservação da herança cultural
.manutenção e reconstrução do ecossistema"
O uso sustentável dos recursos, manutenção e reconstrução de ecossistemas são necessários para garantir a disponibilidades destes para as futuras gerações. Os outros critérios contribuem para a melhora da qualidade de vida da população.
"A autoridade local pode melhorar seus próprios efeitos diretos sobre o meio ambiente através da adoção de medidas
relativamente simples e eficazes, como, por exemplo:
.economia de energia em seus prédios
.restrição ao uso de carros
.incentivo ao uso de transportes coletivos e bicicletas
.redução, reutilização e reciclagem do lixo
.optar por produtos menos poluentes e mais duráveis, etc."
Essas são medidas simples adotados pelas autoridades locais que ajudam a conscientizar a população sobre a importância de uma consciência ambiental, além de elas próprias já estarem contribuindo para a melhora das condições de vida da população e para a preservação ambiental.
"Cada autoridade local deve iniciar um diálogo com seus cidadãos, organizações locais e empresas privadas e aprovar uma "Agenda 21 local". Por meio de consultas e da promoção de consenso, as autoridades locais ouvirão os cidadãos e as organizações cívicas, comunitárias, empresariais e industriais locais, obtendo assim as informações necessárias para formular as melhores estratégias. O processo de consultas aumentará a consciência das famílias em relação às questões do desenvolvimento sustentável. Os programas, as políticas, as leis e os regulamentos das autoridades locais destinados a cumprir os objetivos da Agenda 21 serão avaliados e modificados com base nos programas locais adotados. Podem-se utilizar também estratégias para apoiar propostas de financiamento local, nacional, regional e internacional."
Como a agenda 21 local deve ter o apoio de todos os segmentos sociais, estes deverão participar de sua realização, através da montagem de grupos com representantes de cada segmento. Isto contribui para que todos os problemas da comunidade sejam levantados e assim possam ser solucionados e também para que toda a população envolva-se com a implantação do projeto.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
28/10 a 08/11
9h às 21h
Praça Maria Aragão
Programação:
03/11
14 às 16h - Avanços e perspectivas da floricultura no Maranhão
18 às 20h - Oficina de Bonsai 04/11
15 às 17h - Oficina compostagem
05/11
14h30 às 16h - Plantas medicinais e aromáticas(Dra.Terezinha Rego)
18 às 20h - Oficina de Bonsai
06/11
15 às 17h - Arranjos florais
19h - Evolução e perspectivas para a floricultura na Ilha de São Luis
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Você pode, o Paraná pode, nós podemos
Com criatividade, liderança e práticas inovadoras, o Paraná quer antecipar o alcance dessas metas para 2010 e para isso desenvolve ações por meio do Movimento Nós Podemos Paraná.
O objetivo do Congresso é captar a diversidade de ações em prol do desenvolvimento social do Paraná, criando um ambiente de reflexão, formação, diálogo e apresentação de boas práticas, com vistas aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - ODM.
Faça parte deste movimento pela cidadania e apresente o seu jeito de mudar o mundo.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
''Brasil é o maior alvo dos biopiratas''
Para o coordenador-geral de fiscalização do Ibama, lentidão para assegurar soberania sobre recursos gera prejuízo para o País
Alexandre Gonçalves
Entrevista Bruno Barbosa, analista ambiental.
Fonte: http://m.estadao.com.br/
sábado, 17 de outubro de 2009
Segundo os cientistas, em uma década, o gelo vai ocupar apenas uma pequena área da Groenlândia. O derretimento poderá causar inundações que vão afetar um quarto da população mundial.
Fonte: http://globo.com/
“Quase cem mil mortes diárias no planeta se devem à fome. Dentre elas, 30 mil são de crianças com menos de cinco anos. Mais do que três torres gêmeas por dia que se desmoronam em silêncio, sem que ninguém chore ou construa monumentos”, declarou à swissinfo Carlos Alberto Libânio Christo, mais conhecido como Frei Betto.Essas são algumas das Estatísticas da fome que o mundo se acostumou a acompanhar de tempos em tempos. Todavia a fome segue matando de maneira endêmica em muitas regiões do globo.Um mundo livre da fomeNós do Planeta Voluntários buscamos um mundo sem fome e desnutrição – um mundo no qual cada uma e todas as pessoas possam estar seguras de receber a comida que necessitam para estar bem nutridas e saudáveis. Nossa visão é a de um mundo que protege e trabalha para que haja assistência social e dignidade humana para todas os povos. Um mundo no qual cada criança pode crescer, aprender e florescer, e desenvolver-se como membros ativos e ativos da sociedade.“Alimentação é um direito inviolável.”
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
São Luís vai sediar a terceira etapa regional da 1ª Conferência Estadual de Saúde Ambiental (CESA), que acontece nesta quarta (14) e quinta (15), no hotel grand são luís, às 9hs. A conferência, que faz parte da ação conjunta entre as secretarias de estado de meio ambiente, saúde e cidades, tem como meta elaborar soluções emergentes para políticas públicas integradas no campo da saúde ambiental. O lema da conferência é: "saúde e meio ambiente: vamos cuidar da gente”.
A etapa estadual vem sendo presidida pelo secretário de estado da saúde, Ricardo Murad e vice-presidida pelo secretário de estado de meio ambiente Washington Rio Branco.
A CESA tem, entre outros objetivos, ampliar a consciência sanitária, promover debates sobre as relações de saúde, ambiente e desenvolvimento, no sentido de fomentar a participação da sociedade civil e sensibilizar a comunidade para que constituam instâncias colegiadas para tratar de temas relacionados à saúde ambiental. A conferência tem abrangência estadual e leva em conta os aspectos regionais e territoriais, devendo suas análises, formulações e proposições contemplarem essa amplitude, na construção de políticas públicas voltadas para o saneamento ambiental visando minimizar os problemas de saúde da população.
As principais discussões ocorrem com os eixos temáticos: desenvolvimento e sustentabilidade socioambiental no campo, na cidade e na floresta; trabalho ambiente e saúde: desafios dos processos de produção e consumo nos territórios; democracia, educação, saúde e ambiente: políticas para construção de territórios sustentáveis.
A CESA já aconteceu nas cidades de Caxias, entre os dias 01 e 02/10, Imperatriz, entre os dias 8 e 9/10, e São Luís sedia nesta quarta e quinta a etapa regional, e a etapa estadual acontecerá nos dias 29 e 30 de outubro.
Fonte: ASCOM/ SEMA
Notícia do dia 13/10/09
Países ricos, mas com pouca área cultivável, compram ou alugam áreas no exterior para plantar a própria comida
Thomaz Favaro
O Emirado do Catar é um microestado do Golfo Pérsico rico em petróleo e gás, mas pobre em solos. De sua área total, apenas 21 000 hectares – menos de 2% – são próprios para o cultivo agrícola. A maior parte dos alimentos é importada.
O impulso desse movimento foi o aumento do preço dos alimentos no mercado internacional, que chegou a 83% nos últimos três anos. Países insulares ou desérticos, com poucas terras disponíveis para a agricultura, são particularmente afetados. A China já fechou acordos agrícolas com trinta países. A Arábia Saudita dispõe de 1,6 milhão de hectares na Indonésia para o plantio de arroz. Toda a sua produção de trigo será transferida para o exterior até 2016. Muitas vezes, a compra é feita por empresas privadas.
Fonte: Revista Veja - 10 dez/2008
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Marina Silva recebe prêmio em Mônaco
Senadora Marina Silva é reconhecida pela Fundação Príncipe Albert II de Mônaco por sua contribuição com projetos ambientais e ações e iniciativas para o desenvolvimento sustentável
Mônica Pileggi
Concedido anualmente pela Fundação Príncipe Albert II a pessoas ou instituições com atuação especial e trabalho reconhecido em prol do meio ambiente e da preservação do planeta, este ano o “Climate Change Award” homenageará a senadora Marina Silva (PV-AC). Para a premiação são consideradas três ações prioritárias realizadas pelos agraciados: a mudança climática, a preservação da biodiversidade, e o acesso à água e a luta contra a desertificação. Além do troféu criado para a ocasião, Marina Silva receberá da Fundação um prêmio de 40 mil euros, entregues no dia 10 de outubro pelo Príncipe Albert II de Mônaco, no Fórum Grimaldi. Este é o quinto prêmio internacional que a senadora recebe desde a saída do Ministério do Meio Ambiente e sua volta ao senado, em maio de 2008. Todos destacam sua atuação na área ambiental e sustentabilidade.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Desmatamento no Bioma Cerrado
Por Mariana Desiderio
O Cerrado, segundo maior bioma brasileiro, mantém pouco mais da metade (51,2%) de sua extensão original. Os outros 995.220 km² — área superior à da Venezuela — foram transformados em pasto, soja, algodão, cana e carvão vegetal, especialmente a partir dos anos 1970, inclusive com incentivos governamentais e internacionais. Diferentemente da Amazônia, a degradação do Cerrado era pouco conhecida até a última semana, quando o Ministério do Meio Ambiente divulgou dados sobre o desmatamento naquele bioma, de 2002 a 2008.
O levantamento faz parte de um projeto de monitoramento dos biomas brasileiros via satélite, uma parceria entre o PNUD, o Ministério do Meio Ambiente e o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). No primeiro ano — até 31 de dezembro de 2009 —, será financiado integralmente pelo PNUD, que também será responsável pelos editais para contratação de pessoal e compra de equipamentos. No total, serão disponibilizados US$ 663.997, mas governo e PNUD estudam ampliar esse valor até 2010.
Os primeiros resultados, referentes ao Cerrado, mostram que Maranhão, Mato Grosso e Minas Gerais são os Estados que mais desmataram o bioma desde 2002. Ainda assim, o Maranhão ainda guarda boa parte da área original de Cerrado (77%). Já em Estados muito afetados pelo desmatamento antes de 2002 (como São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Distrito Federal e Goiás) restou pouco. São Paulo, o que mais desmatou proporcionalmente, já havia acabado com 81,6% de seu Cerrado antes de 2002, chegando a 2008 com 83,2% do bioma degradado. Mato Grosso do Sul, segundo da lista, havia desmatado 75,4% de sua parcela do bioma até 2008.
O total de Cerrado já retirado de São Paulo, 67,5 mil km², equivale à três vezes a área de Sergipe. Já no Mato Grosso do Sul foram 162,8 mil km², área pouco menor que a do Uruguai. Em números absolutos, o Estado que mais desmatou Cerrado na história foi Goiás, que acabou com 212,6 mil km², mais do que um Paraná. Desmatamento pouco menor, 204,6 mil km², foi registrado por Minas Gerais.
"São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul foram a primeira fronteira agrícola, principalmente nos anos 1970”, observa o diretor de conservação da biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Dias. Ele conta que, com avanços das pesquisas nas décadas de 60 e 70, foi possível corrigir o solo do Cerrado, antes impróprio para agricultura. Seguiram-se então grandes programas de ocupação do bioma. Com o tempo, houve um deslocamento da fronteira para oeste da Bahia, sul do Piauí, Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. “É a nova fronteira agrícola, incentivada pela saturação da região, o aumento da demanda e a busca por terras mais baratas”, explica. Apesar de a fronteira ter se deslocado, de acordo com Dias, as culturas continuam praticamente as mesmas: soja, algodão, cana-de-açúcar, carvão vegetal e pecuária.
Todos perdem
Nos últimos seis anos, enquanto a taxa de desmatamento na Amazônia caiu 50%, o desmate do Cerrado continuou no mesmo ritmo, com uma média de 21 mil km² ao ano. A área degradada neste bioma passou de 41,9% do original em 2002 para 48,2% em 2008. Os 127,6 mil km² derrubados no período equivalem a quase três vezes o estado do Rio de Janeiro.
Degradar o Cerrado traz consequências negativas para os próprios agricultores. “Não é do interesse deles aumentar o desmatamento”, afirma o diretor do ministério. O aumento, afirma, põe em risco a água. Quando as chuvas diminuem, a vegetação nativa reduz a perda de água, o que não acontece com as culturas agrícolas. “Todas as culturas atuais perdem pelo menos o dobro de água que a vegetação nativa. Isso altera o balanço hídrico, o lençol freático tende a reduzir e corremos risco de perda da perenidade dos rios”, afirma Dias.
As consequências disso extrapolam os limites do bioma. “O Cerrado é a grande caixa d’água do Brasil”, afirma. Além das nascentes de boa parte das bacias hidrográficas do país encontrarem-se ali, o bioma é constituído por planaltos, o que o torna essencial na produção de energia nas hidrelétricas. “A hidrelétrica precisa de água e precisa de queda d’água, e 50% de todo o potencial de geração de energia está no Cerrado”, diz.
Além do risco de prejudicar as bacias hidrográficas e as hidrelétricas, o diretor tem outro argumento para desencorajar o desmatamento por parte dos agricultores. “O Cerrado emite hoje tanto CO2 quanto a Amazônia. Daqui para frente vamos ter dificuldades para exportar os produtos cultivados ali por uma exigência dos compradores que não querem produtos causadores de emissões. Podemos ter uma proibição da compra da soja brasileira, por exemplo.”
Providências
O objetivo, após a compilação dos dados do desmatamento no Cerrado, é dar início a um plano de combate à prática. O Ministério do Meio Ambiente pretende criar mais áreas protegidas por unidades de conservação no bioma, aumentar a fiscalização na região e incentivar a redução do desmate pelos próprios produtores.
O monitoramento do bioma também deve continuar. A idéia, segundo Bráulio Dias, é desenvolver um sistema que possa identificar o desmatamento num período mais curto do que o atual, que permite ver a degradação apenas de ano em ano. “Com este sistema, só temos dados quando tudo já foi desmatado”, argumenta Dias. A idéia é desenvolver um sistema semelhante ao DETER (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), que detecta o desmatamento na Amazônia de mês em mês. Apesar de menos precisas do que os dados anuais, as informações deste sistema permitiriam um combate mais efetivo à degradação do bioma.
Fonte: www.pnud.org.br/meio_ambiente/reportagens
domingo, 4 de outubro de 2009
Premio ODM Brasil
Prorrogadas as inscrições até 08 de outubro, até o meio dia, por meio da internet: http://www.odmbrasil.org.br/
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) foram definidos durante reunião da Cúpula do Milênio, realizada em Nova Iorque em 2000, quando líderes de 189 nações oficializaram um pacto para tornar o mundo mais solidário e mais justo até 2015.
Os ODM são os seguintes:
1. Acabar com a extrema pobreza e a fome.
2. Educação básica de qualidade para todos.
3. Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres.
4. Reduzir a mortalidade infantil.
5. Melhorar a saúde das gestantes.
6. Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças.
7. Garantir a sustentabilidade ambiental.
8. Estabelecer parcerias para o desenvolvimento.
O Prêmio ODM Brasil foi criado para incentivar, valorizar e dar maior visibilidade a práticas que contribuam para os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Além disso, os projetos inscritos colaboram para o desenvolvimento de um banco de práticas bem-sucedidas que será referência de política pública para a sociedade e os governos.
À exemplo das edições anteriores do Prêmio, em 2005 e 2007, se seu projeto for um dos 20 premiados nesta 3.ª Edição, a instituição será homenageada em solenidade no Palácio do Planalto e sua iniciativa poderá inspirar outras organizações e municípios a desenvolver projetos para um Brasil melhor.
Aproveite esta oportunidade e participe!
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Mini-curso "Sensoriamento Remoto Aplicado a Estudos Ambientais"
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
-Pela inclusão dos eletro-eletrônicos na política nacional de resíduos sólidos-
Vamos pressionar o Legislativo a INCLUIR NOVAMENTE os equipamentos eletro-eletrônicos no Art.33 que regulamenta a logística reversa e a reciclagem obrigatória de produtos especiais na Política Nacional de Resíduos Sólidos que esta tramitando pelo Congresso Nacional!
O Brasil possui cerca de 160 milhões de celulares* e 60 milhões de computadores em uso. Em 2012 a previsão é atingir a marca de 100 milhões, 1 computador para cada 2 pessoas**. Em 2008 o setor de eletro-eletrônicos movimentou cerca de R$ 123 bilhões em uma rota de crescimento ininterrupto desde 2002***. Aparelhos eletrônicos melhoram a competitividade das empresas, facilitam a vida das pessoas, oferecem lazer, entretenimento e são ferramentas importantes para o desenvolvimento pessoal e social.
Por outro lado, os equipamentos eletro-eletrônicos produzem lixo tóxico, volumoso e de reciclagem complexa. Segundo estudos do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), sobre o riscos e ameaças ao meio ambiente e à saúde humana dos resíduos eletrônicos, a maioria destes produtos contêm substâncias tóxicas como polímeros anti-chamas (BRT), PVC, e metais pesados como mercúrio, chumbo e cádmio.
Além de contaminarem o meio-ambiente, estas substâncias podem causar graves danos à saúde humana e de animais, provocando falhas nos rins, pulmões, cérebro e comprometendo todo o sistema nervoso. É um problema crescente e vários países já possuem legislações especificas para tratar dessa urgente questão. A União Européia, por exemplo, regulamentou uma diretiva sobre Resíduos Eletro-Eletrônicos da Comissão Européia de Meio Ambiente, e os EUA possuem normativas regulatórias da Agência de Proteção Ambiental Americana além de Legislações Estaduais de Resíduos Sólidos como as de Nova Iorque e Califórnia.
No Brasil, temos uma oportunidade hoje que está sendo desperdiçada. Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PL 203/91). É imperativo que a Política Nacional de Resíduos Sólidos contemple os equipamentos eletro-eletrônicos e que estes sejam enquadrados como produtos especiais de logística reversa e reciclagem obrigatória.
Os eletro-eletrônicos estarão cada vez mais presentes na nossa vida, trazendo benefícios na mesma velocidade em que produzem mais lixo com o qual ainda não lidamos corretamente. Regulamentar sua destinação é condição urgente e necessária para que possamos continuar a nos beneficiar dos avanços da tecnologia de maneira sustentável, sem pagar um alto preço ambiental e à saúde de nossa população.
Fonte: http://www.lixoeletronico.org/
quinta-feira, 23 de julho de 2009
ODM
Hora: 08 às 12h/14 às 18h
Acontece hoje o Seminário Estadual da 3ª edição ODM Brasil, o evento conta a participação dos Governos Federal, Estadual e Municipal, entidades do 3º setor, empresas, entre outros.
O objetivo do evento é discutir os ODM, construir parcerias para desenvolvimento de projetos, municipalizar os ODM e criar o Núcleo Gestor Municipal das ODM, dentre outros.
domingo, 5 de julho de 2009
BIODIVERSIDADE
Um grande motivo para uma reflexão... será que estamos fazendo a nossa parte?
O que estamos fazendo para contribuir para a preservação e conservação da natureza?
Uma notícia recente indica que...
"O mundo falhará em meta de preservação. Mais de 800 espécies de animais e plantas foram extintas nos últimos cinco séculos e outras 17 mil estão ameaçadas hoje. Os dados são da IUCN (União Internacional para a Conservação na Natureza). A análise divulgada da chamada Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas indica que o mundo não vai cumprir a meta de reduzir "de maneira significativa" a perda de biodiversidade até o ano 2010 - como acordado pela Convenção da Diversidade Biológica."
Fonte: FSP, 3/7, Ciência, p.A16; O Globo, 3/7, Ciência, p.29.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Encontro de Turismo e Ecologia
2 de julho
Auditório do CCSO/UFMA
Incrições e maiores informações pelos tels: 8805-6648/8847-9159/8804-6242
domingo, 28 de junho de 2009
Cerrado sul maranhense
José de Jesus Sousa Lemos (Me/Dr/Pós Doutor)
O CULTIVO DA SOJA NO SUL DO MARANHÃO: IMPLICAÇÕES AMBIENTAIS, SOCIAIS E ECONÔMICAS
...A expansão de áreas com monoculturas traz problemas a qualquer ecossistema, na medida em que retira a cobertura vegetal original e a substitui total ou parcialmente, por imensas áreas com algumas ou mesmo com uma única cultura. Concomitantemente à descaracterização da paisagem natural, haverá a impactação sobre a fauna silvestre nativa, que perderá as condições do seu habitat natural. As imensas áreas com monoculturas viabilizam o surgimento de pragas e doenças, que antes não se manifestavam, ou se manifestavam em proporções desprezíveis, face à biodiversidade que mantinha o sistema em equilíbrio, graças à multiplicidade de espécies e de predadores naturais, que desaparecem junto com a eliminação da diversidade da paisagem. O surgimento dessas pragas e doenças, por sua vez, fomenta a utilização maciça de agrotóxicos (inseticidas, fungicidas, herbicidas, nematicidas, ou praguicidas em geral) que impactam o restante da fauna (e da flora) remanescentes. Estas práticas, obviamente eliminam as pragas, mas eliminam também os predadores naturais dessas pragas. Vale ressaltar que o uso continuado de determinado pesticida, faz com que as pragas criem mecanismos de resistência. Este fato, associado com a eliminação dos predadores naturais, propicia o recrudescimento destas pragas e doenças nas áreas de forma extremamente voraz e destruidora, o que induz a utilização de praguicidas quimicamente mais fortes, gerando-se assim, um círculo vicioso altamente maléfico ao ambiente e para o ser humano nele inserido. Este é o cenário generalizado, e que sempre será manifestado quando, de forma inadvertida, a ação antrópica retira a manta verdejante natural diversificada, para apor em seu lugar atividades monolíticas de cultivo.
Estas dificuldades tornam-se mais acentuadas, quando os ecossistemas agredidos desta forma são naturalmente fragilizados, como se trata do caso das áreas sob cerrados. Aí o equilíbrio se mantém face à sinergia que existe entre a vegetação natural, a fauna nativa, temperatura e regime pluviométrico.
Neste estudo objetiva-se fazer uma discussão sobre as fragilidades dos ecossistemas de cerrados e as prováveis implicações de sua utilização em cultivos intensivos em capital e agroquímicos em atividades agrícolas de monoculturas ou não diversificadas. Objetiva-se também apresentar indicadores de degradação e de pobreza nos municípios maranhenses situados no Pólo Sul, onde vem sendo incentivado e incrementado o cultivo da soja de forma intensiva no uso de capital na forma de maquinário pesado e de agroquímicos. Adicionalmente a pesquisa contempla uma análise da capacidade dessas áreas com monoculturas implantadas no Sul do Maranhão em reter a mão de obra diretamente envolvida com atividades agropastoris.
Regiões sob Cerrados: Características Gerais e Fragilidades (uma síntese)
A discussão que se segue mostra as características generalizadas dos ecossistemas sob cerrados, as suas peculiaridades e as prováveis conseqüências da sua utilização de forma intensiva, com extensas áreas de lavouras sem diversificação, que requerem um forte aparatos de capital, nas formas de mecanização e de agroquímicos.
As áreas sob vegetação de cerrados no Brasil, segundo estudos realizados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) em 1978, ocupam um espaço de 1,8 milhões de quilômetros quadrados, o que representa aproximadamente 20% de toda a superfície territorial brasileira. Os regimes climáticos que prevalecem nestas áreas são variáveis e heterogêneos, e podem ser caracterizados em cinco regiões. Segundo AZEVEDO & CASER (1980) , a primeira região recebe a influência do clima amazônico, que é quente e úmido, e cobre os estados de Tocantins, norte de Mato Grosso e o Sul do Maranhão. As demais regiões sob cerrados espraiam-se pelos estados do Piauí, Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo.
As vegetações predominantes nas áreas sob cerrados podem ser distinguidas em quatro tipos, com base em aspectos ecológicos, fisiognômicos, e segundo uma ordem crescente de biomassa arbustiva ou arbórea, a saber: campo limpo; campo cerrado; cerrado e cerradão (LOPES, 1983).
As regiões sob cerrados apresentam como uma das suas características marcantes a presença de um estrato herbáceo denso, em que predominam gramíneas que suportam bem os regimes de estiagens. A paisagem de cerrados se complementa com a presença de árvores lenhosas, e com um sub-bosque arbustivo que é composto basicamente de plantas decíduas, ou que estão sempre com a coloração esverdeada, independentemente do regime de chuvas (GUTBERLET, 1998).
As espécies florestais encontradas nos cerrados, geralmente apresentam um sistema radicular com raízes bastante profundas. A estabilidade das plantas do cerrado está bastante relacionada com a intensidade e o tipo de exploração que impactam este tipo de ecossistema. Os impactos na estabilidade destes agroecossistemas variam de acordo com a magnitude das perturbações exógenas, podendo ocorrer a extinção de algumas espécies, devido à prática da agricultura tradicional realizada pelos pequenos agricultores e identificada como “roça-de-toco”, que utiliza a queimada dos restolhos de culturas para ajudar na limpeza das áreas de plantio. No entanto, pode ocorrer a completa remoção de todas as espécies nativas, se forem utilizadas as práticas veiculadas pela chamada agricultura moderna, que é intensiva no uso de capital. Vale ressaltar que a diversidade original do ambiente de cerrados se constitui em importante fator amortizador ou atenuador dos impactos provocados por estresses oriundas da ação antrópica.
São solos que se caracterizam, em geral, por apresentarem níveis bastante críticos de macronutrientes. Apresentam, geralmente, uma elevada concentração de alumínio e um também elevado nível de acidez, traduzido em um baixo pH, que estes solos normalmente sustentam. Em função da dinâmica do equilíbrio existente nestes ecossistemas, os teores de matéria orgânica, na sua grande maioria, apresentam-se em níveis que variam de médios a altos, “tudo indicando que esta é a principal função envolvida na formação de cargas negativas e troca de cátions” (Lopes, op. cit. P. 25).
Nos casos dos cerrados localizados no Sul do Maranhão, as dificuldades são agravadas pelo regime pluviométrico intenso que ocorre durante a quadra chuvosa. As chuvas intensas lixiviam o cálcio existente na superfície para o interior do solo, o que reduz a disponibilidade deste nutriente (já escasso) na parte superior, e que seria utilizado pelas culturas. Estas características de deficiência de nutrientes, presença de um nível elevado de acidez, teores elevados de alumínio e pH ácido desses solos, dificultam a sua utilização em atividades agrícolas, tornando-as mais caras, se o objetivo for a sua utilização em grandes escalas de produção.
Contudo, as práticas utilizadas pela pequena agricultura no toco, em que a queima é utilizada como parte do processo de preparo das áreas para o plantio, apesar de provocarem danos para algumas espécies, como já foi discutido acima, consegue viabilizar a permanência e a exploração destes ecossistemas, de uma forma mais duradoura. Nestes mecanismos de exploração, os pequenos agricultores familiares utilizam cada área por dois ou três anos seguidos (em geral desmatam de um a dois hectares), e em seguida deixam as áreas utilizadas em regime de pousio que pode durar até 10 anos, dependendo da disponibilidade das áreas, e da pressão demográfica eventualmente existente. Este mecanismo viabiliza a recuperação daquelas áreas e, por conseguinte, a sua capacidade de sustentação das famílias ali instaladas. Este sempre se constituiu no sistema de exploração praticado pelas comunidades nativas dessas áreas, sobretudo pelas comunidades indígenas.
As práticas da agricultura no toco, apresentam ainda outras vantagens, de um ponto de vista ambiental. A presença dos tocos nas áreas irá possibilitar a rebrota das espécies, que darão origem às coberturas secundárias, que originarão as futuras capoeiras, que por sua vez, constituirão a nova cobertura vegetal. Além deste aspecto, por si só da maior relevância, de um ponto de vista ambiental, a presença desses tocos nos roçados, dificulta ou mesmo neutraliza, o processo de erosão provocado pelas chuvas torrenciais, ou mesmo pelos ventos. Isto decorre do fato dos sistemas radiculares das plantas originais, que permaneceram fortemente fincados nos solos, atuarem como barreiras refratoras ou como anteparos a estas torrentes pluviais. Por outro lado, estas raízes ainda funcionam como verdadeiras veias que facilitam a drenagem ou a irrigação dessas águas pluviais superficiais para o interior do lençol freático, promovendo assim a sua necessária recarga.
Portanto, práticas agrícolas que impliquem no destocamento dessa áreas terão implicações fundamentais sobre a estabilidade e a recomposição futura desses agroecossistemas. Estas práticas que consistem na utilização de maquinário pesado, associado aos mecanismos capitalistas de exploração agrícola, não serão sustentáveis de um ponto de vista econômico, porque requerem investimentos maciços de capital, e o uso intensivo de agroquímicos. Também não são sustentáveis de um ponto de vista ecológico, haja vista que as áreas tendem a degradarem-se rapidamente, o que inviabilizará a sua utilização futura. Além destes males, estas práticas intensivas em capital, são liberadoras de mão de obra. Assim, além de destruírem a base de recursos naturais, estas práticas provocam desemprego e migração, como seu corolário, da população rural.
Desta forma, a utilização das áreas dos cerrados maranhenses situados no Pólo Sul do estado, com extensas áreas de monocultura de soja ou milho híbrido, nas dimensões das já existentes, e pelas projeções que são feitas para a sua expansão nos próximos anos, terá um impacto espetacular, no sentido de ser degradador, sobre aqueles ecossistemas que, são naturalmente, fragilizados.
No modelo de agricultura dita moderna, ali implementado, são utilizados os chamados pacotes tecnológicos, que consistem na utilização maciça de maquinário pesado, e um volume acentuado de agroquímicos, como corretivos de solo, adubos, além de agrotóxicos (pesticidas em geral, como inseticidas, fungicidas, nematicidas, herbicidas e até desfoliantes). A cobertura vegetal é totalmente derrubada, havendo a destoca, mediante a utilização de tratores de diferentes portes e potências, sendo em seguida jogado sobre as áreas descobertas, o calcário e os adubos químicos. Ou seja, estes mega agronegócios se materializam mediante a utilização de um forte aparato mecânico que poupa mão de obra e utiliza maciçamente os agroquímicos, que devido ao arraste da camada de matéria orgânica superficial que provocam, por conseqüência da operação de destoca, e devido à compactação decorrente do uso das máquinas, irão provocar danos irreparáveis àqueles ecossistemas.
Segundo Lopes (op. cit.), os solos sob cerrados apresentam uma série de fatores limitantes para a utilização em grandes empreendimentos agropecuários. Estas limitações poderiam ser listadas da seguinte forma:
i – constituem-se de solos extremamente ácidos, com problemas de toxidez de alumínio e, em certos casos, de manganês;
ii – caracterizam-se como solos que apresentam teores extremamente reduzidos de fósforo, cálcio, magnésio, zinco, enxofre, nitrogênio, e teores reduzidos de potássio, cobre e boro;
iii – apresentam uma capacidade de troca de cátions extremamente baixa, tanto na camada arável, com nas camadas subsuperficiais;
iv – apresenta toxidez de alumínio nas camadas localizadas abaixo da camada arável, que associada aos baixos níveis de cálcio, é certamente o fator mais limitante para o desenvolvimento radicular em profundidade;
v – ocorrência de “veranicos” no período das chuvas com duração e incidência variáveis.
Por todos estes aspectos, haverá uma necessidade bastante significativa da utilização de altos investimentos iniciais, voltados para os objetivos de correção de acidez, toxidez de alumínio, e aumentar a baixa, e generalizada, deficiência de nutrientes. Todo este processo, altamente dispendioso, só será viabilizado economicamente se houver uma forte participação do Estado, via políticas públicas de crédito rural amplamente subsidiado, e/ou via renúncia fiscal, como é o caso da expansão da soja no Sul do Maranhão. Segundo estudo realizado pelo IBASE em 1986, a eficiência técnica associada à utilização de adubos químicos e corretivos na produção de soja, em ambiente sob cerrados, é da ordem de 80%. Isto quer dizer que, para cada tonelada de grãos de soja, são necessários, pelo menos, 0,8 toneladas de adubos e corretivos químicos. Para produzir soja nos cerrados, além dos adubos e corretivos dos solos, a agricultura dita moderna utiliza um grande arsenal de máquinas e de pesticidas. Estes fatos sinalizam para a não sustentabilidade econômica desta lavoura, se não houver esta forte presença do Estado, criando-lhe as condições de eficiência econômica, que naturalmente não possuem, embora possam ser tecnicamente eficientes, no sentido neoclássico de análise econômica. Mesmo a teoria neoclássica, ensina que a eficiência técnica não implica necessariamente em eficiência econômica.
As discussões apresentadas acima possibilitam antever o que provavelmente ocorrerá aos ecossistemas localizados no Pólo Sul maranhense, caso a atual prioridade continuar a prevalecer para as políticas públicas deste estado. Além do mais, os benefícios econômicos advindos dessas explorações, aferidos pela geração e pelo acúmulo de riquezas na área, beneficiarão um grupo restrito de empreendedores, detentores de meios de produção financiados pelo Estado, deixando à margem um contingente bastante significativo de brasileiros ali ainda residentes, a quem não restará outra alternativa, a não ser a migração para as áreas urbanas do estado, ou mesmo para outros estados, como aliás já vem acontecendo, e está registrado na última recontagem da população realizada pelo IBGE em 1996. Ou seja, a permanecer o atual projeto de exploração dos cerrados maranhenses, a concentração da renda neste estado (que já se caracteriza por ser uma das mais elevadas do país, que por sua vez é uma das mais altas do mundo), tenderá a se agravar, e a pretendida e bem intencionada redução das desigualdades regionais almejadas e explicitadas no discurso da Governadora do estado, não irá ser concretizada, e o Maranhão poderá prosseguir a presenciar um fluxo migratório descontrolado, o que continuará a pressionar as já precárias condições prevalecentes na zona urbana das cidades maranhenses, sobretudo da sua capital...