sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Congresso Brasileiro de Reservas Particulares do Patrimonio Natural -RPPN


Nos dias 26 a 29 de outubro, a cidade de Porto Alegre (RS) será sede da quarta edição do Congresso Brasileiro de RPPNs e também do 1º Encontro Internacional de Reservas Naturais do Pampa e do Cone Sul.

O objetivo é reunir proprietários privados interessados na conservação dos recursos naturais e no uso sustentável das terras, na constituição e no fortalecimento das redes nacionais de reservas privadas e na aplicação de ferramentas inovadoras que favoreçam a sustentabilidade.

Além dos proprietários de reservas, o Congresso é destinado a gestores públicos, representantes de organizações, empresas, pesquisadores, estudantes e demais interessados no tema, o evento espera reunir mais de 500 participantes. São esperados também participantes e palestrantes do Uruguai, Paraguai, Argentina e Chile.

NOVIDADE 2011

A novidade desta edição é a possibilidade do envio de trabalhos pelos proprietários das RPPNs. Com o título "Resumo de sua RPPN" os interessados poderão se inscrever e enviar o resumo da sua reserva. A comissão organizada do evento vai selecionar 06 estudos de casos que serão apresentados durante o encontro.

O evento, promovido pela Associação CHARRUA e CNRPPN-Confederação Nacional de RPPNs, com apoio do ICMBio, MMA, Secretaria Estadual de Meio Ambiente e DEFAP- Departamento Estadual de Florestas e Áreas Protegidas, acontecerá na Assembleia Legislativa de Porto Alegre, Auditório Dante Barone.

Saiba mais: http://www.reservasnaturais.org.br/eventos/index.php?option=com_content&view=frontpage&Itemid=1

Contato: Ana/Juliano: (51) 9702 1555

Email: 4cbrppn@gmail.com







IV CONGRESSO BRASILEIRO DE RPPN

A origem deste Congresso está ligada à vontade de proprietários privados interessados na conservação dos recursos naturais e no uso sustentável das terras, na constituição e no fortalecimento das redes nacionais de reservas privadas e na aplicação de ferramentas inovadoras que favoreçam a sustentabilidade.

O Rio Grande do Sul desempenha um importante papel no cenário da Conservação em Terras Privadas no Brasil pelo seu papel na Conservação do Bioma Mata Atlântica e do Bioma Pampa.

Frente ao grande êxito do III CBRPPN, a CNRPPN e a Associação de RPPN do Rio Grande do Sul – Charrua, empenham-se por realizar o IV Congresso Brasileiro de RPPN, visando à continuidade dos trabalhos realizados em prol da conservação dos remanescentes desses ecossistemas.

O evento será realizado nos dias 26 à 29 de outubro de 2011, no Auditório Dante Barone da Assembléia Legislativa, em Porto Alegre - RS – Brasil.

Para o IV Congresso Brasileiro de RPPN são esperados mais de 500 participantes, entre proprietários de reservas, gestores públicos, representantes de organizações, de empresas e de comunidades, pesquisadores, estudantes e demais interessados no tema. Além do público alvo do Brasil, são esperados participantes e palestrantes do Uruguai, Paraguai, Argentina e Chile.

O IV CBRPPN terá como resultado o fortalecimento das RPPNs, da mobilização dos seusproprietários e do sistema de conservação da natureza como um todo.

Saiba mais: http://www.reservasnaturais.org.br/eventos/index.php?option=com_content&view=frontpage&Itemid=1

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

DIA DO CERRADO

O dia 11 de setembro é dedicado ao Cerrado, bioma tão rico e tão ameaçado. Estima-se que existam mais de 6.000 espécies de árvores e mais 800 espécies de aves, mais de 40% de plantas lenhosas, 50% das espécies de abelhas (endêmicas), além da grande variedade de peixes e outros seres vivos. As interferências do homem neste bioma são hoje uma das ameaças que mais prejudicam o ciclo natural dessas áreas, comprometendo os serviços ambientais prestados pelo ecossistema.

O Maranhão é composto por 60% de Cerrado, representa mais da metade de todos os biomas do Estado, estima-se que muitas áreas podem servir de corredores ecológicos, é válido enfatizar que isso influencia na dinâmica dos ecossistemas.

No entanto, os chapadões do Cerrado são planícies favoráveis à agricultura, pelas características do relevo e físicas do solo. Por isso tem atraído ao longo dos último 40 anos e, hoje com maior dinamismo, grandes produtores de soja e outros tipos de monoculturas. Essas produções não tem sido fator de desenvolvimento nas regiões onde se instalaram, empregam pouca mão-de-obra, retiram as populações nativas do seu habitat, degradam as florestas nativas diminuindo as riquezas naturais e a fonte de sobrevivência das dessas comunidades, contamina o solo, as águas subterrâneas, as nascentes de olhos d’água, além de contribuir para a diminuição das águas causadas pelo desmatamento continuo. Além de todos os contratempos já citados, essas monoculturas incentivam também a criação de carvoarias que, contribuem com a contaminação do o ar e causam diversas doenças respiratórias nos seus trabalhadores e em moradores vizinhos, entre essas e outras podem-se citar diversos problemas como intimidação entre produtores e moradores locais, invasão de terras estatais, e muitos outros.

Necessitamos de políticas públicas mais eficazes, de cidadãos conscientes e proativos, de fiscalização, de órgãos públicos competentes nas suas obrigações, de secretarias de meio ambiente de verdade e, de OLHOS E CORAÇÕES MAIS VERDES.

É tempo de reavaliar o que queremos para o presente e para o nosso futuro, o que nos motiva a buscar uma vida mais sustentável? Que tipo bairro, de cidade, de sociedade nós merecemos viver?

O Cerrado e os outros biomas brasileiros aguardam por decisões mais firmes e de defesa!

Dados do MMA

Cerrado - O bioma já perdeu 50% de sua cobertura natural. É o segundo maior bioma do Brasil, sendo superado apenas pela Amazônia. Considerado a savana de maior biodiversidade do planeta, abriga, em seus domínios, uma riqueza biológica invejável, com grande potencial de uso pelas indústrias de fármacos, cosméticos etc. No entanto, esta rica diversidade biológica está ameaçada.

Dados do monitoramento do Ibama indicam que somente no ano de 2009 foram desmatados 7.637 Km² de sua vegetação nativa. A ocupação desordenada do Cerrado é o principal fator de sua degradação, sendo a pecuária extensiva e a agricultura intensiva os principais vetores de alteração desse bioma nos últimos anos.

Diana B.Mochel

segunda-feira, 22 de agosto de 2011






PROTESTOS NACIONAIS E MUNDIAIS CONTRA A HIDRELÉTRICA BELO MONTE



Em Belém, o ato do dia 20 de agosto



Manifestantes contrários à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, na Volta Grande do Rio Xingu, sudoeste paraense, saíram às ruas de Belém, em protesto contra a decisão do governo brasileiro. A cidade amanheceu com cartazes alusivos à campanha “Pare Belo Monte!”, promovida pelo Comitê Metropolitano Xingu Vivo Para Sempre, em diversos pontos das principais avenidas.


O ato teve início por volta das 9 da manhã, na Praça da República, e seguiu até a pedra do peixe no Ver-o-Peso, considerada a maior feira livre da América Latina, às margens da Baía do Guajará.


Muitos manifestantes saíram com os rostos pintados e vestidos com indumentárias indígenas para lembrar a resistência dos povos da região. “Não, não, não. Belo Monte não!”, “Governo Dilma, mas que vergonha, constrói Belo Monte e destrói a Amazônia!” eram algumas das palavras de ordem que soavam nas ruas da cidade, cantadas por mais de 1500 pessoas aproximadamente, enquanto caminhavam e angariavam apoio entre populares da capital paraense.


Os manifestantes estendiam as palmas das mãos para frente e repetiam a frase “Pare Belo Monte!”, gesto que foi sendo copiado e virou o símbolo do ato realizado em Belém.
Às margens da Baia do Guajará, os manifestantes simularam um grande abraço. “Este é um abraço que estamos dando no Rio Xingu e nos rios da Amazônia. É um abraço pela vida e um compromisso incondicional com a luta dos povos da floresta” bradava a voz que saía de um carro som.


-O governo vai ter que ouvir-


A manifestação de Belém aconteceu em sintonia com outras realizadas pelo Brasil e por vários continentes. Para o economista Dion Monteiro e membro do Comitê Metropolitano Xingu Vivo Para Sempre, este ato foi uma demonstração pública de indignação e repúdio em escala mundial contra esta mega ação destruidora, planejada pelo governo da presidenta Dilma Rousseff (PT), “No mundo todo, as pessoas e as organizações estão unidas contra este projeto de destruição e morte que é Belo Monte. O governo vai ter que ouvir a população da Amazônia e a população do mundo todo dizendo Pare Belo Monte!”.


Para o arquiteto e professor Edmilson Rodrigues, deputado estadual do Pará, Belo Monte é um ameaça para a conservação da sociobiodiversidade da Amazônia, “É bonito ver a humanidade, é bonito ver os lutadores do povo no mundo inteiro, em todos os países, dizendo não a Belo Monte, dizendo não aos grandes projetos que alavancam as riquezas nas mãos de poucos e, ao mesmo tempo, produzem desgraça, assassinatos, prostituição infantil, enfim, ampliam as profundas desigualdades sociais. O Brasil e o mundo dizem não a Belo Monte. O povo paraense diz: Pare Belo Monte!”.


Marcos Mota do Fórum da Amazônia Oriental avalia que as ações de protesto que ocorrem pelo mundo ajudam a esvaziar o discurso falacioso do governo, “De fato, a usina causará um impacto social e ambiental sem precedente na região e entre habitantes locais.”


Para o estudante Anderson Castro, liderança do movimento estudantil, “Este ato tem uma importância fundamental, pela primeira vez a gente consegue unir forças a nível internacional para lutar contra a construção de barragens na Amazônia e nós fazemos um convite para a juventude indignada que venha para somar nesta luta”. A opinião também é compartilhada pelo estudante William Pessoa: “Belo Monte é um grande crime socioambiental que quer destruir a vida do Xingu; vamos às ruas barrar Belo Monte e evitar que se construa uma usina de destruição e morte”.


Para Neide Solimões, funcionária pública e dirigente sindical, “O Rio Xingu é um patrimônio da humanidade, daqueles que precisam e vivem do rio. E todos sabem que, politicamente, o que está por traz desta decisão governamental são compromissos com as grandes empreiteiras e grupos econômicos”, afirma.


A Bacia do Rio Xingu é uma referência pela sua diversidade biológica e cultural. Caso seja construída, a vida das etnias indígenas será duramente afetada no seu modo de vida. Trata-se, na verdade, de um crime contra o meio ambiente e à soberania do país. Por isso, a luta para barrar este projeto assume cada vez mais importância. É decisivo para o futuro da Amazônia e do Brasil.



BELO MONTE: Um exemplo de ineficiência energética


Dirigentes do movimento contra a barragem são unânimes em afirmar que até os peixes do Xingu sabem que este projeto é um exemplo de ineficiência energética, financiada com recursos do erário público que só ajudam a reforçar o esquema de corrupção dos que se locupletam no poder. Daí o motivo do governo ignorar o apelo das populações locais, das comunidades científicas e de promover sistematicamente violações da legislação, da Constituição Brasileira e de tratados internacionais.


Enquanto o governo se fecha ao diálogo, órgãos de inteligência monitoram a movimentação dos ativistas na região e em outros centros de resistência.



Solidariedade sem fronteira


Ato de Belém foi convocado no rastro de outras mobilizações ocorridas em vários estados brasileiros. A nível internacional, protestos estão confirmados na Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos, França, Portugal, México, Inglaterra, Holanda, Escócia, Taiwan, Turquia e País de Gales. A maioria das manifestações ocorrerá em frente à Embaixada Brasileira desses países.


!maiores detalhes entre na fonte e veja os vídeos das manisfestações!