quinta-feira, 25 de novembro de 2010

MEIO AMBIENTE
Como colaborar no trabalho

A preocupação com o meio ambiente é responsabilidade de todas as pessoas que fazem parte de uma empresa.Desde o momento em que sai de casa para trabalhar o cidadão pode tomar atitudes sustentáveis. Começando pelo meio de transporte escolhido.

Lane V. Erickson/Shutterstock As empresas podem colaborar diminuindo o número de impressões diárias e reciclando papel
  • Uma das formas mais simples de combater o desperdício é reciclando papel

A pessoa que deixa de rodar 20 quilômetros por semana, deixa de emitir na atmosfera, anualmente, cerca de 440 quilos de dióxido de carbono (CO2), um dos gases de efeito estufa. A poluição do ar, provocada principalmente por carros, causa a morte de 3 milhões de pessoas por ano no mundo. Além disso, o trânsito das grandes cidades provoca atrasos nos compromissos e estresse para os motoristas. Por isso, é preferível que se vá ao trabalho em transporte coletivo, de bicicleta ou mesmo a pé.

No trabalho, economizar papel significa evitar a produção de resíduos e diminuir a derrubada de árvores. Use os dois lados de uma folha quando puder e imprima somente o que for necessário (além disso, confira o que está na tela do computador para corrigir possíveis erros). A economia de papel também reduz o uso de água (para produzir 1 quilo de papel, são necessários 540 litros de água).

Os funcionários podem se mobilizar para implantar um programa de coleta seletiva na empresa. Isso exige dedicação e empenho, mas não é difícil e pode ser feito por um grupo de três ou quatro pessoas. O descarte de copos plásticos para beber água também pode ser reduzido se cada trabalhador levar uma caneca ou garrafinha de casa. Um ponto a ser observado: o trabalho de coleta seletiva não acaba depois da implantação do programa. Ele deve ser acompanhado de perto sempre, para que sejam divulgados seus resultados e mais pessoas possam participar.

O ambiente de trabalho também gera impactos no meio ambiente. Nos banheiros e no lavatório, é mais econômico instalar torneiras com sensores de funcionamento automático, ou seja, que só abrem quando as mãos se aproximam delas. Por exemplo, num edifício comercial de dez andares onde circulam diariamente cerca de 2 mil pessoas (supondo que cada uma use a torneira 1 minuto por dia), se todas as torneiras tiverem sensores, a economia de água chegará a 40%.

O uso do ar-condicionado é outro ponto em que pode haver grande economia. Esses aparelhos devem ser instalados longe de espaços em que bata sol e, quando estiverem ligados, as janelas e as portas do ambiente devem ser fechadas, para evitar que o sol entre e aumente a temperatura interna. Os filtros do equipamento precisam estar sempre limpos, pois a sujeira faz com que o motor trabalhe mais, o que aumenta o gasto de energia. Se o local de trabalho tiver janelas grandes e boa ventilação natural, não há nem motivo para ligar o ar-condicionado.

Fonte: http://www.brasil.gov.br

Instituto Chico Mendes promove Festival Manguezais do Brasil

O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sociobiodiversidade Associada a Povos e Comunidades Tradicionais (CNPT), vinculado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e o Projeto Manguezais do Brasil realizam desta terça (23/11) a sexta-feira (26/11), em São Luís (MA), o Festival Manguezais do Brasil.

O encontro vai reunir representastes do governo federal, estadual e municipal, membros de organizações, movimentos sociais e reservas extrativistas onde predomina o ecossistema para diálogo e integração cultural.

Instituto Chico Mendes promove Festival Manguezais do Brasil
  • O evento busca sensibilizar a opinião pública para os valores socioambientais e os impactos sobre os manguezais
  • Ampliar Ampliar

A programação conta com uma palestra sobre Ecossistema Manguezal no Brasil e no Mundo, a ser apresentada pela professora doutora da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Flávia Mochel; e outra sobre Unidades de Conservação e Ecossistema Manguezal, com os analistas ambientais do Instituto Chico Mendes Bruno Gueiros e Vergara Filho. No terceiro dia do encontro, grupos de trabalho se reunirão por temas para discutir como aliar conservação com o uso sustentável dos recursos existentes nos manguezais.

O público podedesfrutar, ainda, de apresentações culturais como o Samba de Maragogó e Dona Cadu (Resex Iguape - Bahia), Mestres de Carimbó (Resex Marinha do Pará), Bumba Meu Boi do Maracanã (Zona Rural da Ilha de São Luís), Cacuriá (São Luís), e Tambor de Siribeira (São Luís), entre outros.

O projeto é coordenado pelo Instituto Chico Mendes, por meio do Macroprocesso de Populações Tradicionais vinculado à Diretoria de Unidades de Conservação de Uso Sustentável e Populações Tradicionais (Diusp).

Fonte: http://www.brasil.gov.br

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Dez anos para salvar a natureza

Espécies são extintas num ritmo mil vezes maior do que o natural, minando a estabilidade de ecossistemas ao redor do planeta, causando prejuízos avaliados em até US$ 5 trilhões anuais e ameaçando nossa própria existência. O alerta foi ouvido ontem por representantes de 193 países na abertura da COP-10, em Nagoia, no Japão. Até o próximo dia 29, eles tentarão chegar a um acordo sobre um plano estratégico para interromper, num período de dez anos, a destruição das bases da natureza que sustentam a vida do homem. Para isso terão que superar uma série de divergências entre os países em desenvolvimento e as nações mais ricas do mundo. "Estamos atingindo o ponto limite, depois do qual não teremos mais como reverter a perda da biodiversidade", discursou o ministro do Meio Ambiente do Japão, Ryu Matsumoto, que preside a conferência -


Em risco

Está em extinção uma em cada cinco espécies de plantas. De mamíferos, uma em cada cinco espécies. De aves, uma em cada sete. Os anfíbios são os mais ameaçados: de cada três espécies, uma está em extinção.

Fonte: O Globo, 19/10, Ciência, p.32.

sábado, 16 de outubro de 2010



Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2010

O que é a Semana?
Semana Nacional de Ciência e Tecnologia - Ciência para o Desenvolvimento Sustentável

A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2010 ocorrerá entre 18 e 24 de outubro de 2010. O tema principal será: “Ciência para o Desenvolvimento Sustentável”. Além de promover atividades as mais diversas de divulgação científica, estimularemos na SNCT 2010 a difusão dos conhecimentos e o debate sobre as estratégias e maneiras de se utilizar os recursos naturais brasileiros e sua rica biodiversidade com sustentabilidade, sempre de forma conjugada com a melhoria das condições sócio-econômicas de sua população.

Existe hoje, no mundo inteiro, uma crescente preocupação em associar crescimento econômico à proteção do meio-ambiente, à preservação da vida no Planeta e à melhoria da qualidade de vida das pessoas. “Ciência para o Desenvolvimento Sustentável” significa fazer com que Ciência e a Tecnologia sejam fatores essenciais para um desenvolvimento com qualidade, que conjugue suas vertentes social, econômica e ambiental.

Além da importância do tema, outras razões justificam a escolha. A 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que será realizada entre os dias 26 a 28 de maio de 2010, tem como objetivo contribuir para o estabelecimento de uma “Política de Estado para Ciência, Tecnologia e Inovação com vista ao Desenvolvimento Sustentável”. Com isto, a SNCT 2010 possibilitará, com suas ações de popularização da ciência, a criação de uma interface importante da Conferência e de seus resultados com a sociedade brasileira.

Por outro lado, a Assembléia Geral das Nações Unidas declarou 2010 como o Ano Internacional da Biodiversidade. A ONU está estimulando todos os países a buscarem aumento da consciência coletiva sobre a importância da biodiversidade, por meio de ações a nível local, regional e internacional; todos os países foram também chamados a apoiar ações nos países em desenvolvimento.

É importante registrar que as atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia não se restringem ao tema principal, abarcando todos os outros, embora se estimule fortemente a realização de atividades, em cada canto do país, em torno do tema proposto.

Convidamos as instituições de pesquisa e ensino, universidades, Ifets, escolas de todos os níveis, secretarias estaduais e municipais de C&T e de educação, fundações de apoio a pesquisa, órgãos governamentais, espaços científico-culturais, entidades científicas e tecnológicas e da sociedade civil, ONGs, empresas, cientistas, professores, pesquisadores, técnicos, estudantes, comunicadores da ciência e todos os interessados a colocarem a data da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2010 em suas agendas e a iniciarem o processo de sua preparação.

A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) , a cada ano tem tido um êxito grande com uma participação crescente de pessoas, instituições de pesquisa e ensino e municípios. Em 2009, foram realizadas cerca de 25.000 atividades, em quase 500 municípios brasileiro. Esperamos que seja ainda melhor e maior em 2010. Isto dependerá também de sua participação!


Fonte: http://semanact.mct.gov.br

Para maiores informações sobre a SNCT no seu Estado/Municipio, acesse o site oficial.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Cerrado perdeu metade da vegetação e precisa de ações para evitar extinção

Ambiente. Estudo do IBGE com dados até 2008 mostra que 48% de sua área total foi desmatada; para pesquisadora da UnB, índice já estaria em 60%. Taxas de devastação superam as da Amazônia e pelo menos 131 espécies de plantas e 99 de animais estão ameaçadas


Por: Felipe Werneck / RIO - O Estado de S.Paulo

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) alerta para o risco de extinção do Cerrado "em pouco tempo" nos Estados onde o ritmo de desmatamento é mais acelerado, como Maranhão, Bahia e Mato Grosso, caso não sejam tomadas "medidas urgentes de proteção".

Divulgado ontem, o estudo Indicadores de Desenvolvimento Sustentável mostra que a cobertura original do bioma foi reduzida à metade no País, de 2.038.953 km² para 1.052.708 km², com área total desmatada de 48,37%. Isso até 2008, último dado oficial disponível. "Esse porcentual já deve estar perto de 60%", afirma a engenheira florestal e professora da Universidade de Brasília Alba Valéria Rezende.

Ela cita as recentes queimadas para afirmar que, "se nada for feito, provavelmente teremos o bioma totalmente destruído até 2030". "Embora existam medidas isoladas, ainda não há uma política nacional para enfrentar o problema. Não percebemos mudanças no quadro em nossos trabalhos de campo", acrescenta a pesquisadora.

As taxas de desmatamento são mais altas que as da Amazônia, onde houve redução do ritmo de destruição nos últimos cinco anos - lá, a área total derrubada representa 15% da floresta original. No Cerrado, entre 2002 e 2008 foram desmatados 85.074 km², o que representa 4,18% da cobertura original.

Os Estados que tiveram maior área desflorestada nesse período, em termos absolutos, foram Mato Grosso (17.598 km²), Maranhão (14.825 km²) e Tocantins (12.198 km²). Em termos relativos, Maranhão (7%), Bahia (6,12%) e Mato Grosso (4,9%). O IBGE mostra que até 2002 houve tendência de aumento de áreas desmatadas no Sul e Sudeste. Entre 2002 e 2008, isso ocorreu mais no Norte e Nordeste.

Segundo o estudo, há pelo menos 131 espécies da flora e 99 da fauna ameaçadas de extinção no Cerrado. Além da biodiversidade, o bioma concentra nascentes das principais bacias hidrográficas do País, lembra o pesquisador da Embrapa Felipe Ribeiro.

Unidade de proteção. A publicação mostra que apenas 3,2% da área total do Cerrado é protegida por unidades federais de conservação, sendo 2,2% de proteção integral. Na Amazônia, a área protegida é bem maior: 16,8% e 7,9%, respectivamente.

"Durante muito tempo o Cerrado foi visto como sendo de segunda classe. Apesar de ser a savana mais biodiversa do mundo, foi eleito como área prioritária para expansão da agropecuária e o processo levou à situação atual", diz o analista do IBGE Judicael Clevelario.

Com a expansão da agropecuária a partir dos anos 70, o Cerrado se tornou a principal área para a produção de grãos no País. O IBGE aponta que os incêndios naturais fazem parte da dinâmica do bioma, cuja vegetação possui adaptações para conviver com eles. O problema está no "uso indiscriminado do fogo na expansão de áreas agrícola e pastoril, aliado à extração de madeira e carvão vegetal". A identificação de áreas remanescentes para o estudo foi feita a partir de imagens de satélites.

"Nos Estados com taxas mais elevadas, serão necessárias medidas preventivas, sob pena de o bioma, em pouco tempo, ser simplesmente extinto. Aumentar o número e a distribuição das unidades de conservação, especialmente nas áreas de fronteira agrícola, será fundamental", aponta o IBGE.

Amazônia. Apesar da redução do ritmo de desmatamento na Amazônia nos últimos cinco anos, a área total derrubada já representa 15% da floresta original. O processo acentuou-se nas últimas quatro décadas e foi concentrado nas bordas sul e leste da Amazônia Legal, o chamado arco do desmatamento.

Após um período de crescimento quase contínuo da taxa de desflorestamento entre 1997 e 2004, quando atingiu um pico, os valores para 2009 indicam que a área desmatada representa um terço do que foi verificado no ano de 2004. Entre 2007 e 2009 houve queda de 63% dos focos de queimadas e incêndios florestais no País, de 188.656 para 69.702, seguindo a tendência de queda nas taxas de desflorestamento da Amazônia. Mas o número deverá aumentar em 2010, com as recentes queimadas que se espalham pelo País.

Esse dado é importante porque a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera é a destruição da vegetação natural, com destaque para o desmatamento na Amazônia e as queimadas no Cerrado. A atividade representa 75% das emissões brasileiras de CO2 , responsável por colocar o Brasil entre os dez maiores emissores de gases de efeito estufa.

A maior redução de focos de calor em 2009 ocorreu no Acre (de 702 para 49), e o Estado responsável pelo maior aumento foi o Sergipe (de 94 para 208). / COLABOROU MARTA SALOMON, ENVIADA ESPECIAL A NIQUELÂNDIA (GO)

Caderno especial
Em setembro de 2009, o Estado publicou um caderno especial sobre o Cerrado em que mostrava que mais da metade do bioma foi destruída ou alterada pelo homem nos últimos 40 anos.


Fonte: http://www.estadao.com.br