quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Paulo Aguiar Luna


São Luís vai sediar a terceira etapa regional da 1ª Conferência Estadual de Saúde Ambiental (CESA), que acontece nesta quarta (14) e quinta (15), no hotel grand são luís, às 9hs. A conferência, que faz parte da ação conjunta entre as secretarias de estado de meio ambiente, saúde e cidades, tem como meta elaborar soluções emergentes para políticas públicas integradas no campo da saúde ambiental. O lema da conferência é: "saúde e meio ambiente: vamos cuidar da gente”.
A etapa estadual vem sendo presidida pelo secretário de estado da saúde, Ricardo Murad e vice-presidida pelo secretário de estado de meio ambiente Washington Rio Branco.
A CESA tem, entre outros objetivos, ampliar a consciência sanitária, promover debates sobre as relações de saúde, ambiente e desenvolvimento, no sentido de fomentar a participação da sociedade civil e sensibilizar a comunidade para que constituam instâncias colegiadas para tratar de temas relacionados à saúde ambiental. A conferência tem abrangência estadual e leva em conta os aspectos regionais e territoriais, devendo suas análises, formulações e proposições contemplarem essa amplitude, na construção de políticas públicas voltadas para o saneamento ambiental visando minimizar os problemas de saúde da população.
As principais discussões ocorrem com os eixos temáticos: desenvolvimento e sustentabilidade socioambiental no campo, na cidade e na floresta; trabalho ambiente e saúde: desafios dos processos de produção e consumo nos territórios; democracia, educação, saúde e ambiente: políticas para construção de territórios sustentáveis.
A CESA já aconteceu nas cidades de Caxias, entre os dias 01 e 02/10, Imperatriz, entre os dias 8 e 9/10, e São Luís sedia nesta quarta e quinta a etapa regional, e a etapa estadual acontecerá nos dias 29 e 30 de outubro.

Fonte: ASCOM/ SEMA

Notícia do dia 13/10/09

Busca pela boa terra
Países ricos, mas com pouca área cultivável, compram ou alugam áreas no exterior para plantar a própria comida

Thomaz Favaro

O Emirado do Catar é um microestado do Golfo Pérsico rico em petróleo e gás, mas pobre em solos. De sua área total, apenas 21 000 hectares – menos de 2% – são próprios para o cultivo agrícola. A maior parte dos alimentos é importada.
Na semana do dia 05/12, o país anunciou que está próximo de triplicar sua área agrícola com o arrendamento de 40.000 hectares no Quênia. Em troca, vai investir 3,5 bilhões de dólares na construção de um porto na ilha turística de Larnu, na costa do país africano. Outros acordos lhe permitirão plantar arroz no Camboja, milho e trigo no Sudão e vegetais no Vietnã. O emirado faz parte de um grupo de países que buscam ampliar sua produção agrícola com a compra ou o arrendamento de terras no exterior, onde o clima e o solo são mais propícios ao cultivo agrícola – um grupo que não cessa de ganhar novos membros.

O impulso desse movimento foi o aumento do preço dos alimentos no mercado internacional, que chegou a 83% nos últimos três anos. Países insulares ou desérticos, com poucas terras disponíveis para a agricultura, são particularmente afetados. A China já fechou acordos agrícolas com trinta países. A Arábia Saudita dispõe de 1,6 milhão de hectares na Indonésia para o plantio de arroz. Toda a sua produção de trigo será transferida para o exterior até 2016. Muitas vezes, a compra é feita por empresas privadas.
Em novembro, o conglomerado sul-coreano Daewoo anunciou o arrendamento de 1,3 milhão de hectares – equivalente à metade da área do estado de Alagoas – na ilha de Madagáscar. A empresa pretende colher 5 milhões de toneladas de milho nos próximos quinze anos e enviá-los à Coréia do Sul, que importa 60% dos alimentos que consome. As terras brasileiras também estão na mira. No ano de 2007, um grupo japonês adquiriu 100 mil hectares no Maranhão, em Minas Gerais e na Bahia, destinados à plantação de soja.


Fonte: Revista Veja - 10 dez/2008

terça-feira, 13 de outubro de 2009



Marina Silva recebe prêmio em Mônaco
Senadora Marina Silva é reconhecida pela Fundação Príncipe Albert II de Mônaco por sua contribuição com projetos ambientais e ações e iniciativas para o desenvolvimento sustentável

Mônica Pileggi
Planeta Sustentável


Concedido anualmente pela Fundação Príncipe Albert II a pessoas ou instituições com atuação especial e trabalho reconhecido em prol do meio ambiente e da preservação do planeta, este ano o “Climate Change Award” homenageará a senadora Marina Silva (PV-AC). Para a premiação são consideradas três ações prioritárias realizadas pelos agraciados: a mudança climática, a preservação da biodiversidade, e o acesso à água e a luta contra a desertificação. Além do troféu criado para a ocasião, Marina Silva receberá da Fundação um prêmio de 40 mil euros, entregues no dia 10 de outubro pelo Príncipe Albert II de Mônaco, no Fórum Grimaldi. Este é o quinto prêmio internacional que a senadora recebe desde a saída do Ministério do Meio Ambiente e sua volta ao senado, em maio de 2008. Todos destacam sua atuação na área ambiental e sustentabilidade.


terça-feira, 6 de outubro de 2009

Desmatamento no Bioma Cerrado


Brasil já perdeu uma Venezuela em Cerrado Área desmatada apenas em Goiás equivale a território do Paraná, indica monitoramento inédito por satélite, financiado pelo PNUD

Por Mariana Desiderio



O Cerrado, segundo maior bioma brasileiro, mantém pouco mais da metade (51,2%) de sua extensão original. Os outros 995.220 km² — área superior à da Venezuela — foram transformados em pasto, soja, algodão, cana e carvão vegetal, especialmente a partir dos anos 1970, inclusive com incentivos governamentais e internacionais. Diferentemente da Amazônia, a degradação do Cerrado era pouco conhecida até a última semana, quando o Ministério do Meio Ambiente divulgou dados sobre o desmatamento naquele bioma, de 2002 a 2008.
O levantamento faz parte de um projeto de monitoramento dos biomas brasileiros via satélite, uma parceria entre o PNUD, o Ministério do Meio Ambiente e o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). No primeiro ano — até 31 de dezembro de 2009 —, será financiado integralmente pelo PNUD, que também será responsável pelos editais para contratação de pessoal e compra de equipamentos. No total, serão disponibilizados US$ 663.997, mas governo e PNUD estudam ampliar esse valor até 2010.
Os primeiros resultados, referentes ao Cerrado, mostram que Maranhão, Mato Grosso e Minas Gerais são os Estados que mais desmataram o bioma desde 2002. Ainda assim, o Maranhão ainda guarda boa parte da área original de Cerrado (77%). Já em Estados muito afetados pelo desmatamento antes de 2002 (como São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Distrito Federal e Goiás) restou pouco. São Paulo, o que mais desmatou proporcionalmente, já havia acabado com 81,6% de seu Cerrado antes de 2002, chegando a 2008 com 83,2% do bioma degradado. Mato Grosso do Sul, segundo da lista, havia desmatado 75,4% de sua parcela do bioma até 2008.
O total de Cerrado já retirado de São Paulo, 67,5 mil km², equivale à três vezes a área de Sergipe. Já no Mato Grosso do Sul foram 162,8 mil km², área pouco menor que a do Uruguai. Em números absolutos, o Estado que mais desmatou Cerrado na história foi Goiás, que acabou com 212,6 mil km², mais do que um Paraná. Desmatamento pouco menor, 204,6 mil km², foi registrado por Minas Gerais.
"São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul foram a primeira fronteira agrícola, principalmente nos anos 1970”, observa o diretor de conservação da biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Dias. Ele conta que, com avanços das pesquisas nas décadas de 60 e 70, foi possível corrigir o solo do Cerrado, antes impróprio para agricultura. Seguiram-se então grandes programas de ocupação do bioma. Com o tempo, houve um deslocamento da fronteira para oeste da Bahia, sul do Piauí, Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. “É a nova fronteira agrícola, incentivada pela saturação da região, o aumento da demanda e a busca por terras mais baratas”, explica. Apesar de a fronteira ter se deslocado, de acordo com Dias, as culturas continuam praticamente as mesmas: soja, algodão, cana-de-açúcar, carvão vegetal e pecuária.

Todos perdem

Nos últimos seis anos, enquanto a taxa de desmatamento na Amazônia caiu 50%, o desmate do Cerrado continuou no mesmo ritmo, com uma média de 21 mil km² ao ano. A área degradada neste bioma passou de 41,9% do original em 2002 para 48,2% em 2008. Os 127,6 mil km² derrubados no período equivalem a quase três vezes o estado do Rio de Janeiro.
Degradar o Cerrado traz consequências negativas para os próprios agricultores. “Não é do interesse deles aumentar o desmatamento”, afirma o diretor do ministério. O aumento, afirma, põe em risco a água. Quando as chuvas diminuem, a vegetação nativa reduz a perda de água, o que não acontece com as culturas agrícolas. “Todas as culturas atuais perdem pelo menos o dobro de água que a vegetação nativa. Isso altera o balanço hídrico, o lençol freático tende a reduzir e corremos risco de perda da perenidade dos rios”, afirma Dias.
As consequências disso extrapolam os limites do bioma. “O Cerrado é a grande caixa d’água do Brasil”, afirma. Além das nascentes de boa parte das bacias hidrográficas do país encontrarem-se ali, o bioma é constituído por planaltos, o que o torna essencial na produção de energia nas hidrelétricas. “A hidrelétrica precisa de água e precisa de queda d’água, e 50% de todo o potencial de geração de energia está no Cerrado”, diz.
Além do risco de prejudicar as bacias hidrográficas e as hidrelétricas, o diretor tem outro argumento para desencorajar o desmatamento por parte dos agricultores. “O Cerrado emite hoje tanto CO2 quanto a Amazônia. Daqui para frente vamos ter dificuldades para exportar os produtos cultivados ali por uma exigência dos compradores que não querem produtos causadores de emissões. Podemos ter uma proibição da compra da soja brasileira, por exemplo.”
Providências
O objetivo, após a compilação dos dados do desmatamento no Cerrado, é dar início a um plano de combate à prática. O Ministério do Meio Ambiente pretende criar mais áreas protegidas por unidades de conservação no bioma, aumentar a fiscalização na região e incentivar a redução do desmate pelos próprios produtores.
O monitoramento do bioma também deve continuar. A idéia, segundo Bráulio Dias, é desenvolver um sistema que possa identificar o desmatamento num período mais curto do que o atual, que permite ver a degradação apenas de ano em ano. “Com este sistema, só temos dados quando tudo já foi desmatado”, argumenta Dias. A idéia é desenvolver um sistema semelhante ao DETER (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), que detecta o desmatamento na Amazônia de mês em mês. Apesar de menos precisas do que os dados anuais, as informações deste sistema permitiriam um combate mais efetivo à degradação do bioma.

Fonte: www.pnud.org.br/meio_ambiente/reportagens

domingo, 4 de outubro de 2009

Premio ODM Brasil

3 PRÊMIO ODM BRASIL - Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio Brasil

Prorrogadas as inscrições até 08 de outubro, até o meio dia, por meio da internet: http://www.odmbrasil.org.br/

Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) foram definidos durante reunião da Cúpula do Milênio, realizada em Nova Iorque em 2000, quando líderes de 189 nações oficializaram um pacto para tornar o mundo mais solidário e mais justo até 2015.
Os ODM são os seguintes:
1. Acabar com a extrema pobreza e a fome.
2. Educação básica de qualidade para todos.
3. Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres.
4. Reduzir a mortalidade infantil.
5. Melhorar a saúde das gestantes.
6. Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças.
7. Garantir a sustentabilidade ambiental.
8. Estabelecer parcerias para o desenvolvimento.
O Prêmio ODM Brasil foi criado para incentivar, valorizar e dar maior visibilidade a práticas que contribuam para os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Além disso, os projetos inscritos colaboram para o desenvolvimento de um banco de práticas bem-sucedidas que será referência de política pública para a sociedade e os governos.
À exemplo das edições anteriores do Prêmio, em 2005 e 2007, se seu projeto for um dos 20 premiados nesta 3.ª Edição, a instituição será homenageada em solenidade no Palácio do Planalto e sua iniciativa poderá inspirar outras organizações e municípios a desenvolver projetos para um Brasil melhor.

Aproveite esta oportunidade e participe!